Desde há muito que já é conhecida a grave situação financeira do Riachense e este fator pode levar este clube com mais de 80 anos de história a desistir do CNS e consequentemente ir parar à 2ª divisão distrital.
Desde o inicio da presente temporada que os responsáveis e dirigentes do clube estavam familiarizados como seria dificil a nivel financeira se manter neste escalão do Futebol português. Se o clube presidiado por Luis Carlos Dias não conseguir angariar 20 mil euros até ao inicio da segunda metade do campeonato, o pior acontecerá e terão obrigatoriamente que desistir da competição.
O presidente em entrevista dada ao jornal "O Riachense", explicou:
“Desde o princípio que a direcção tinha consciência das dificuldades e sabia que as receitas garantidas não cobriam o total das despesas estimadas para a época” afirma o presidente do clube, acrescentando ainda que “no balanço efectuado em Novembro essa fragilidade financeira ficou bem patente e por isso fomos obrigados a reduzir despesas, dispensando alguns jogadores que mais caros ficavam ao clube."
Os adeptos viram jogadores como Sandro Gomes, Natalino, Marquinho e ainda o Guarda-redes Telmo, titular indiscutivel, abandonar o clube, com esta ação o clube poupou 1200 euros mensais, muito pouco para as verdadeiras necessidades.
Já foram tomadas medidas para tentar juntar o dinheiro necessário para conseguirem se manter pelo menos até final da presente temporada, visto que ocupam o último lugar da tabela. Está em progresso até ao dia 18 de janeiro uma campanha de donativos de dinheiro em que sócios, familiares e amigos poderão participar.
Ainda para "ajudar" todas as dificuldades presentes, o clube tem a receber da FPF relativa ao totonegócio, cerca de 43 mil euros, montante que os dirigentes já não acreditam que entre nos cofres do clube. A versão mais recente dos factos, afirma que o Estado continua a reter essa verba, depois de ter prometido libertá-la há cerca de dois anos quando a Federação pagou cerca de 20 mil de euros ao Estado por conta dos clubes devedores, referentes às contas do chamado totonegócio.
Depois de ver partir vários jogadores e sem recursos para conseguir a chegada de futebolistas vindos de fora, o Atlético virou-se para o interior e foi buscar reforços a jogadores que já não estavam em actividade e que envergaram a camisola preta e branca. É o caso do guarda-redes Joel, do trinco Nuno Paulo e do médio Negrete, juntando-se ainda, o médio Nelson Vicente, o avançado Ferreira e o defesa Gonçalo, que fizeram parte do plantel no inicio da época e que tinham abandonado devido a divergências com o anterior treinador.
Raul Costa